Cartilha sobre Feminismo: Dela para todes

A discussão sobre feminismo é de grande importância para a sociedade. É importante discutir os direitos que nos cabe. Assim, seguindo a apresentação das cartilhas já tratada no Lalidis, vamos te apresentar mais um material. Dessa vez, foi concebida uma entrevista com Alícia Santana, Ana Clara Lebrão, Graziele Reis, Jucimara Santana e Jassana Vilas Boas, alunas do curso de Ciências Sociais da UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) que desenvolveram este material. Essa cartilha foi produzida para as disciplinas: Metodologia e Prática do Ensino em Ciências Sociais I, ministrada por José Miranda Oliveira Júnior e Relações Sociais de Gênero, ministrada por Núbia Regina Moreira. Confira todos os detalhes desse trabalho agora mesmo:

Lalidis: Como foi feita a cartilha?

Jussana Vilas Boas: Então, nós dividimos a construção da cartilha em partes para que em conjunto a gente conquistasse mais familiaridade com todo o processo, por exemplo: Eu (Jussana) e Jucimara ficamos responsáveis em fazer os cards para divulgação, Alicia com a confecção da cartilha e Graziele se juntou com Ana Clara para fazerem os textos. Assim, conseguimos nos dividir para que não ficasse pesado para nenhuma de nós, mas foi tudo construído com conversas em grupo, debatendo dúvidas e ajudando umas as outras. Além disso, tivemos uma participação especial da nossa amiga Raiele Coutinho para escrever sobre o Feminismo Comunitário, que é bastante importante para nós, mulheres latino-americanas.

Lalidis: De onde vocês tiveram a ideia desse tema?

Graziele Reis: O tema foi escolhido de acordo com os conteúdos que estudamos na disciplina Relações Sociais de Gênero, ministrada pela docente Núbia Regina Moreira. Como a cartilha é um material didático-pedagógico, pensada principalmente para o ensino médio, escolhemos o Feminismo por considerarmos de suma importância a inserção do tema desde cedo nas escolas. Com esse material pretendemos promover uma reflexão que não fique apenas com o entendido no senso comum, mas que crie um diálogo verdadeiro e consequentemente ajude na desconstrução de alguns padrões sociais já tão estabelecidos na nossa sociedade, como o machismo e o preconceito, por exemplo. Dessa forma, pensamos em abordar o Feminismo da maneira mais didática possível, dando assim o primeiro passo para esse debate.

Lalidis: Qual o objetivo?

Alicia Santana: Bem, o objetivo da cartilha foi a construção de um material pedagógico que pudesse ser facilmente entendido por qualquer pessoa que tenha acesso a ele, mas principalmente que pudesse ser utilizado didaticamente em sala de aula com alunos do ensino médio, para iniciar uma discussão sobre essa temática desde cedo.

Lalidis: O que vocês querem passar para as pessoas?

Ana Clara Lebrão: De uma maneira lúdica, mas ao mesmo tempo, respeitando a seriedade envolvida na questão, queremos demonstrar aos alunos do ensino médio, bem como a todos que tiverem acesso à cartilha, a relevância de compreender o Feminismo enquanto movimento social e político. Incitando-os a se desfazerem de todos os pensamentos pré-determinados que reforçam e deslegitimam a inserção das mulheres como componentes ativos da sociedade. Ao mesmo tempo, queremos apontar e debater que através das lutas sociais travadas contra essas verdades pré-determinadas pela sociedade, é possível promover a igualdade entre homens e mulheres, de maneira a respeitar as subjetividades inerentes a cada um.

Lalidis: O que contém nela?

Alicia Santana: A cartilha é formada por textos, imagens, citações e curiosidade que trata sobre o que é o feminismo, falamos um pouco sobre as ondas do feminismo e também abordamos as interseccionalidades, como o feminismo negro, transfeminismo, feminismo lésbico, feminismo lésbico negro e feminismo comunitário. Ao fim, também damos algumas indicações de livros, filmes e séries que abordam sobre a temática.

Lalidis: Quais foram os maiores aprendizados conquistados durante o processo de construção da cartilha?

Jucimara Santana: Durante a construção da cartilha um dos aprendizados que ficou é que nós, mulheres, temos que conquistar nossos espaços, que podemos sim escrever para a academia, que é um espaço que infelizmente tem maior participação de homens. Que através da cartilha podemos mostrar que o feminismo vai muito além do nosso ciclo social, que por meio da nossa voz ou textos podemos “tocar” todas as mulheres, desde a nossa mãe até as alunas, independentemente do local que vive, seja moradoras do centro ou das periferias, onde geralmente a informação não chega infelizmente, todas e todes podem e devem aprender a importância do feminismo.

Lalidis: Onde podemos acessar esse material?

Jussana Vilas Boas: A cartilha está disponível para download no Instagram do Centro Acadêmico do nosso Curso, o @cacs.uesb, o link está na bio e além da nossa, lá tem todos os links dos outros materiais que os nossos colegas estão construindo nesse semestre.

Ficou curioso? Não deixe de ler esse material disponível aqui e compartilhar com outras pessoas sobre esta importância temática!

Baixe a CARTILHA aqui.

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