17 de maio – Dia Internacional Contra a Homofobia
Em 17 de maio de 1990, somente 31 anos atrás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças. Há 31 anos, o amor não tradicional deixou de ser considerado uma enfermidade. Na mesma década de 90 em que surgiu o smartphone, seres humanos lutavam pelo reconhecimento do seu afeto, que não era uma doença. É pela proximidade desses acontecimentos, pelas infinitas injustiças e para mostrar que a população LGBTQ+ continua batalhando pelos seus direitos, que este dia foi escolhido para representar resistência.
Uma mudança sutil na nomenclatura é suficiente para explicar muita coisa: o termo homossexualismo (onde “ismo” significa doença na medicina) se tornou homossexualidade (aqui, “dade” faz referência a um comportamento). Pode parecer pouco, mas o fato de a Organização Mundial de Saúde ter dado esse decreto é o que torna a questão vista da mesma forma no mundo inteiro. Vale acrescentar que para pessoas transgênero, essa mudança só aconteceu em 2019. No Brasil, a homofobia também foi criminalizada em 2019, tendo o mesmo tipo de pena que uma condenação por racismo. Mas, apesar dos avanços, ainda há quem acredite em “cura gay”, além de 69 países ainda criminalizarem as relações amorosas entre pessoas do mesmo sexo.
A homofobia, de acordo com o site Significados, pode ser definida como “aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio ou preconceito que algumas pessoas ou grupos nutrem contra os homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais”. O preconceito interfere na qualidade de vida dessas pessoas, com tantas formas de atuação que pode ir do bullying na escola à discriminação, não importando se a vítima é um desconhecido ou alguém da própria família do agressor.
De acordo com a Superinteressante, além de ser um exemplo de violência, a homofobia também pode indicar que a pessoa intolerante possui problemas cognitivos. Uma pesquisa australiana submeteu 11.600 pessoas a testes cognitivos e, no fim, essas pessoas tinham que analisar a frase “Casais homossexuais deveriam ter os mesmos direitos que os heterossexuais”. O resultado foi que os participantes com as menores notas nos outros testes normalmente eram contra as uniões homoafetivas, enquanto as maiores notas tendiam a ser a favor. O pesquisador responsável pelo estudo, Francisco Perales, disse que “Uma maior cognição nos leva a um menor preconceito”.
O movimento social da população LGBTQ+ foi um dos que mais ganhou proeminência nos últimos anos. Apesar de décadas de luta, é com o avanço da modernidade que as coisas estão começando a acontecer mais rápido. Mesmo que ainda exista muito a se conquistar, alguns avanços notáveis merecem ser citados, como, por exemplo, leis e decisões judiciais como o casamento civil igualitário, a utilização do nome social, o reconhecimento de direitos previdenciários para casais homoafetivos, adoção de crianças por casais LGBTQI+ e muitas outras coisas menores que ajudam a formar um alicerce cada vez mais promissor.
Para todos aqueles que sofrem com o preconceito, e que lutam por uma sociedade mais igual, o Lalidis deseja ainda mais conquistas e que nós possamos compartilhá-las cada vez mais. “Love is Love”, é só isso que importa, pois se tratando de amor, toda forma e gesto é válida.
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