O motivo do “L” ser a primeira letra em LGBT

Dia 29 de agosto, foi o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. Para comemorar e prestigiar essa data, a Emerge Mag – uma plataforma de jornalismo independente sobre cultura, comportamento e arte – fez publicações contando um pouco da história  por trás da letra “L”  ser a primeira da sigla LGBTQIAP+. 

Segundo um post do instagram da plataforma, até os anos 80 era considerado respeitoso utilizar o termo “gay”, como um tipo de guarda-chuva que abrangesse todos que fossem LGBTQIAP+. Outros termos eram considerados, normalmente, ofensivos. A sigla mais parecida com a que temos hoje, LGBTQ, surgiu durante a crise da AIDS. Quando, em 1983, homens assumidamente gays foram proibidos de doar sangue em toda América por conta da desinformação e o pânico crescente em relação ao HIV. É nesse momento que as lésbicas entram em ação. 

Foram formados grupos em todo os Estados Unidos, como o Blood Sisters (Irmãs de Sangue, em português) para organizar doações de sangue para gays com AIDS que necessitavam urgentemente das transfusões. No momento em que a desinformação e ignorância em relação ao surto da HIV tomavam conta do cenário, até mesmo os profissionais da saúde se recusavam a estar no mesmo cômodo que os pacientes, e as bandejas de comida eram deixadas do lado de fora dos quartos de hospital. Foi assim, que as lésbicas se posicionaram e passaram a ser linha de frente no enfrentamento e combate dessa doença, tornando- se as cuidadoras de muitos gays e outros pacientes que tinham como diagnóstico a AIDS. 

Antes da crise, o movimento de libertação gay era centrado tambem em homens cis, e até bares gays, em que clientes eram predominantemente homens brancos. Estes, muitas vezes proibiam a entrada de lésbicas, que foram marginalizadas pelo movimento. Apesar disso, quando a AIDS chegou com força, as lésbicas ignoraram todo esse descaso e continuaram lá, lutando e apoiando esses pacientes. 

A Emerge Mag contou ainda com um relato de Jon, um homem gay que viveu com HIV em São Francisco nos anos 80, ele disse: “De repente, os hospitais estavam cheios de voluntárias lésbicas. Que voluntariaram-se para ir naqueles quartos e ajudaram meus amigos que estavam morrendo. Eu lembro de ser tão movido por elas porque os homens gays não tinham sido gentis com as mulheres lésbicas. Nós zombávamos das “sapatonas” nos bares – e ainda sim, elas estavam lá”. 

Ficou curioso para saber mais? Você pode encontrar a matéria e as fontes na íntegra na publicação no Instagram da Emerge Mag “https://www.instagram.com/p/CTK2cynrn66/?utm_medium=copy_link”.  

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