Cartilha sobre gênero e diversidade sexual

Já ouviu falar em cartilha? Caso sua resposta seja não, vamos te convidar a conhecer e ver uma de perto. Cartilha nada mais é que um livro didático, que é utilizado como um material educativo para estudo de fácil entendimento. Bruna Duque, Ana Clara Rocha e Juliana Lacerda, alunas do curso de Ciências Sociais da UESB, confeccionaram uma cartilha envolvendo gênero e diversidade sexual. Em entrevista concedida ao Lalidis, as meninas juntamente os orientadores José Miranda Oliveira Júnior e Núbia Regina Moreira, nos contaram os detalhes dessa cartilha:

Lalidis: De onde surgiu a ideia desse trabalho?

José Miranda Oliveira Júnior: A cartilha é um dos produtos resultantes do “crossover” das disciplinas Metodologia e prática do Ensino em Ciências Sociais I, que eu ministro, juntamente com a disciplina Relações Sociais de gênero, da professora Nubia Regina Moreira. Como essas disciplinas estão sendo ministradas para a mesma turma, tivemos a ideia de solicitarmos como trabalho final a criação/confecção de um material didático-pedagógico que pudesse auxiliar no entendimento das questões de gênero na Escola, tanto para os discentes quanto para os docentes do Ensino Médio. Dessa maneira, solicitamos que formassem grupos e chegassem num consenso acerca de qual material seria produzido. Sugerimos cartilhas, podcasts, vídeos para o youtube, lives, etc.

Lalidis: Como foi feita a cartilha?

Bruna Duque: O nosso grupo é formado por ex-integrantes do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) e durante a vivência na escola por conta do projeto, percebemos como o tema gênero e seus desdobramentos ainda são pouco discutidos, pois alguns professores e até mesmo os alunos não dominam as definições e conceitos. Então, a nossa ideia na criação da cartilha foi levar o tema de uma maneira informativa, didática e com uma linguagem acessível, para que esse material possa ser utilizado até mesmo como suporte teórico nas aulas.

Lalidis: Como foi orientar esse trabalho?

José Miranda Oliveira Júnior: A ideia de orientar o grupo surgiu de conversas a respeito da experiência das três alunas egressas do PIBID e de como elas perceberam que esses temas ainda são tratados como tabus na escola. Dessa maneira, indiquei alguns teóricos para embasar a pesquisa e também sugeri a leitura do Caderno sem homofobia, do extinto programa Brasil sem homofobia. Esse caderno faz parte de um material produzido pelo MEC em 2011 que ficou conhecido pejorativamente como “Kit gay”, mas que na verdade era um suporte teórico e epistemológico direcionado aos professores para discutir as temáticas em sala de aula. Infelizmente, todo o material foi vetado e não chegou a ser distribuído nas instituições de ensino.

Lalidis: Qual o objetivo?

Bruna Duque: Informar e contribuir com as discussões desses temas na escola e, além disso, instruir para o entendimento da necessidade da convivência com a diversidade.

Lalidis: O que vocês querem passar para as pessoas?

Ana Clara Rocha: Como o objetivo principal do material é promover conhecimento, queremos trazer para os leitores as definições de gênero e diversidade sexual de uma forma bastante didática. A mensagem que queremos passar é a de que todos merecem ser respeitados e aceitos e a escola tem a obrigação social de enfrentar e combater o preconceito em suas mais variadas manifestações.

Lalidis: O que contém na cartilha?

Ana Clara Rocha: Informações que vão ajudar as pessoas a entender as diferenças conceituais sobre gênero e diversidade sexual. Muita gente ainda confunde sexo, sexualidade, orientação sexual, identidade de gênero. A cartilha traz essas definições embasadas por autores das Ciências Sociais que pesquisam essas temáticas e que foram lidos por toda a turma no decorrer das disciplinas. Além disso, colocamos sugestões de filmes que dialogam diretamente com os temas.

Lalidis: Por onde é possível ter acesso ao conteúdo da cartilha?

Juliana Lacerda: Os materiais serão postados nas redes sociais do Centro Acadêmico do Curso de Ciências Sociais da UESB (Instagram, Youtube e Facebook) e poderão ser acessados a qualquer momento, por qualquer pessoa. A ideia é utilizar as redes sociais e plataformas digitais, utilizadas com frequência pelo nosso público alvo, que são os/as jovens estudantes do Ensino médio.

Ficou curioso? Não deixe de ler esse material disponível aqui e compartilhar com outras pessoas sobre esta importância temática!

Baixe a CARTILHA aqui.

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